Permeabilidade Intestinal: tudo o que você precisa saber sobre a raiz de muitas doenças
A permeabilidade intestinal é uma característica das membranas do trato intestinal…
Continuar lendoEntenda como surgiu o novo Coronavírus, como diagnosticar e quais são os testes disponíveis e indicados, tanto para os indivíduos que queiram saber se estão infectados ou tiveram contato com o SARS-COV2, vírus causador da COVID-19, e produziram os anticorpos necessários de imunidade.
Você sabia que organismo é capaz de produzir anticorpos que impedem agentes infecciosos, como os vírus, de infectar as células humanas? Esses anticorpos recebem o nome de anticorpos neutralizantes, e são capazes, geralmente, de bloquear os sítios de ligação do vírus com a célula, ou seja, bloqueiam os pontos de entrada viral.
Os anticorpos neutralizantes são glicoproteínas monoclonais específicas, cuja produção é induzida pela resposta imunológica do vírus no decorrer da infecção propriamente dita, ou através da vacinação. Esses anticorpos desempenham um importante papel na eliminação (clareamento) viral, com um grande potencial no sentido de prevenção e/ou tratamento de doenças virais, uma vez que possuem a capacidade de bloquear a infecção.
A presença de anticorpos monoclonais direcionados a locais vulneráveis em proteínas de superfície viral são cada vez mais reconhecidos como uma classe promissora de drogas contra doenças infecciosas e têm demonstrado eficácia terapêutica para diferentes vírus.
A presença dos anticorpos neutralizantes são indicativos da capacidade do organismo de fabricar anticorpos como resposta à invasão de agentes infecciosos.
Em dezembro de 2019, em Wuhan, província de Hubei, China, foram relatados casos de pneumonia grave sem causa conhecida, que foram epidemiologicamente relacionados a um mercado de frutos do mar em Wujan.
Posteriormente, em Janeiro de 2020, foi identificado um novo coronavírus, de forma isolado no trato respiratório inferior de quatro casos suspeitos de pneumonia grave. Esse novo coronavírus pertencente à família de vírus que provoca a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), bem como os quatro coronavírus humanos associados ao resfriado comum.
O novo coronavírus SARS-COV-2, denominado inicialmente por 2019-nCOV pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e posteriormente de SARS-COV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2) é um vírus pertencente à família coronaviridae do gênero betacoronavírus. Esse vírus é o causador da doença que ficou conhecida como Corona Virus Disease (COVID-19).
Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou que o surto de SARS-CoV-2 constituía uma Emergência de Saúde Pública de preocupação internacional, e mais de 80.000 casos confirmados foram relatados em todo o mundo até 28 de fevereiro de 2020.
Atualmente, já são mais de 103 milhões de pessoas infectadas no mundo, e mais de dois milhões de vidas perdidas para a doença.
Já se sabe que a entrada do vírus nas células humanas ocorre através do receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) presente na superfície das células, no qual o vírus utiliza sua proteína de espícula viral, denominada Spike (proteína S), para ligar-se e ser a sua porta de entrada no nosso organismo.
A proteína S (Spike), possui duas subunidades funcionais que permitem a ligação celular. Na subunidade 1 (região de maior interesse), localiza-se a região de ligação do receptor, onde ocorre a ligação entre a proteína S e o receptor celular ACE2. Posteriormente, ocorre a fusão das membranas, e o vírus adentra a célula, onde inicia seu processo de replicação.
Os anticorpos neutralizantes do coronavírus visam principalmente as glicoproteínas S na superfície do vírus que medeiam sua entrada nas células hospedeiras, impedindo desta forma, a potencial ligação do vírus às células humanas, evitando a entrada do agente infeccioso e sua replicação no nosso organismo. Por isso, são chamados de anticorpos neutralizantes ou anticorpos de inibição viral.
O teste de Anticorpos Neutralizantes tem por objetivo qualificar a resposta imune, analisando a capacidade dos anticorpos de bloquearem a ligação da proteína S (Spike) ao receptor das células humanas, a proteína ACE2. Revelando, portanto, a qualidade da resposta de defesa contra o Sars-Cov-2 apenas no momento de sua realização.
Desta forma é possível avaliar se o indivíduo já entrou em contato alguma vez com o novo Coronavírus (Sars-Cov-2) e se apresenta resposta imunológica ao mesmo. Diferentemente do teste RT-PCR ou do teste de antígeno que analisa infecção viral ativa.
O teste de Anticorpos Neutralizantes é realizado através de uma amostra de sangue coletada em soro ou plasma (5 mL de sangue total em tubo seco), e o ideal é que a coleta seja realizada 21 dias após o surgimento inicial do quadro clínico e sintomas.
O teste Neutralização SARS-COV-2 Anticorpos Totais é indicado para:
No entanto, o teste é contraindicado para o diagnóstico de infecção aguda.
O resultado do teste é liberado em porcentagem (%) de inibição do vírus; de neutralização viral, e pode ser classificado da seguinte forma:
Importante ressaltar que resultados negativos não excluem o contato com o vírus; uma vez que existe variabilidade entre os indivíduos em relação ao tempo de resposta imunológica para produção dos anticorpos para SARS-CoV-2 na COVID-19.
A medicina diagnóstica tem um papel fundamental na batalha mundial contra o coronavírus. Como resposta à pandemia da COVID-19, A SYNLAB Solutions In Diagnostics, presente em 40 países e em quatro continentes, dispõe de distintas ferramentas laboratoriais que foram desenvolvidas para diferentes objetivos.
Essas ferramentas laboratoriais quando adotadas de forma isoladas ou em conjunto, permitem a elaboração de protocolos para obtenção de dados epidemiológicos, medicina ocupacional, alta hospitalar, reinserção no ambiente de trabalho ou na sociedade, entre outros.
Os exames disponíveis para detecção da COVID-19 podem ser divididos em duas classes:
1) Diagnósticos para o novo Coronavírus:
Os exames de diagnóstico são utilizados para verificar se o paciente está infectado. O exame consiste na detecção de material genético do vírus SARS-COV-2 (RNA) em amostras nasofaríngeas e secreções respiratórias, e são geralmente conhecidos como testes moleculares ou como técnicas de amplificação de ácido nucleico (NAAT). RT-PCR é o padrão ouro, mas não o único teste molecular.
Como o exame de RT-PCR é um exame de diagnóstico, que tem como objetivo avaliar se o paciente está infectado pelo vírus causador da COVID-19, é indicado para pacientes que apresentem sintomas ou que apresentaram um resultado prévio POSITIVO com a finalidade de saber se ainda estão doentes e infectantes. Indicado também em contatos próximos de casos COVID-19 confirmados.
2) Avaliação da resposta imune:
Os exames para avaliação da resposta imune são utilizados para verificar se o paciente teve contato prévio e produziu anticorpos de imunidade contra o vírus. O exame consiste na detecção de anticorpos que surgem na fase aguda da infecção (IgM/IgA) e/ou anticorpos que surgem na fase mais tardia da infecção (IgG) e sugerem imunidade contra o vírus SARS-COV-2 em amostras de sangue. É importante considerar que o tempo de aparecimento desses anticorpos pode apresentar variação de pessoa para pessoa e em certas condições clínicas (como pacientes imunossuprimidos que podem levar um pouco mais de tempo, ou ainda não ter a produção destes anticorpos).
Os exames de sorologia consistem na quantificação de anticorpos produzidos contra o vírus SARS-COV-2, ou seja, avalia a resposta do sistema imunológico frente ao contato com o vírus.
Entre 5 dias a 10 dias após o contato ou início dos sintomas:
Entre 10 dias a 15 dias após o contato ou início dos sintomas:
Teste-rápido: O teste-rápido também realiza a análise de anticorpos frente ao SARS-COV-2, no entanto, é uma análise que apresenta uma menor sensibilidade e fornece um resultado qualitativo, ou seja, POSITIVO ou NEGATIVO. Deve ser realizado por um profissional de saúde treinado e com todas as medidas de biossegurança.
Os testes para análise de anticorpos são indicados para indivíduos que queiram saber se tiveram contato com o vírus e produziram anticorpos de imunidade, ou para controle epidemiológico.
A diferença entre os testes da COVID-19 consiste no intuito da análise, bem como a amostra necessária, ou seja, saber se o indivíduo está ou esteve infectado.
Apesar do teste rápido e do teste sorológico verificar a presença de anticorpos contra SARS-COV-2, estes também apresentam diferenças entre si:
Tanto o teste de RT- PCR quanto os testes imunológicos visam analisar a infecção viral ativa, ou seja, avalia se o indivíduo está com COVID-19 naquele momento.
Os testes de Anticorpos Totais, (IgG e IgM) para COVID-19, são sensíveis para detecção de contato prévio com o vírus, no entanto, não são específicos para detectar a neutralização do vírus.
Já o teste de anticorpos neutralizantes reflete a neutralização viral, se houve o bloqueio da ligação da proteína S (Spike) do vírus com a proteína ACE2 nas células humanas, e não serve como teste diagnóstico de doença, pois não avalia a presença do vírus, como o faz o RT-PCR.
Assim como outros testes sorológicos para COVID-19, o teste de Neutralização SARS-CoV-2 não deve ser interpretado como uma indicação de certeza de imunidade (parcial ou total) ao vírus, pois o nível e o tempo de permanência desses anticorpos ainda estão em estudo.
Um estudo em andamento, investiga a utilização de coquetel de anticorpos contendo dois anticorpos neutralizantes contra a SARS-CoV-2, chamado REGN-COV2, em pacientes não hospitalizados com COVID-19. No qual a principal hipótese dos pesquisadores é que as complicações e mortes causadas por COVID-19 são provenientes da alta carga viral de SARS-CoV-2, e que a redução dessa carga pode levar a benefícios clínicos. Os resultados preliminares demonstraram que o coquetel de anticorpos REGN-COV2 reduziu a carga viral, com maior efeito em pacientes cuja resposta imune ainda não havia sido iniciada ou que apresentavam carga viral elevada no início do estudo.
Segundo os pesquisadores a abordagem de coquetel se deve ao fato de que em estudo prévio ao utilizar um único anticorpo houve surgimento de resistência ao tratamento em decorrência de novas variantes do vírus sincicial respiratório (RSV). Estudos pré-clínicos confirmaram que o coquetel REGN-COV2 protege contra o rápido surgimento de tais variantes observadas na utilização de qualquer anticorpo único.
Estudos in vivo em primatas mostraram profunda atividade antiviral de REGN-COV2 na redução da carga viral quando administrado em um contexto profilático e na melhoria da depuração viral quando administrada em um contexto terapêutico.
O Grupo SYNLAB é líder na prestação de serviços de diagnóstico médico na Europa, disponibilizando uma gama completa de serviços de análise clínica laboratorial a pacientes, profissionais de saúde, clínicas e indústria farmacêutica. Proveniente da união da Labco com a Synlab, o novo Grupo SYNLAB é o indiscutível líder europeu em serviços de laboratório médico.
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