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Continuar lendoO glúten é constituído de diferentes prolaminas (proteínas de armazenamento) presentes principalmente no trigo, mas pode ser encontrado também na cevada, centeio e aveia. O termo intolerância ao glúten pode referir-se a três tipos de patologias:
Abaixo nos aprofundamos em cada uma das condições citadas.
A doença celíaca é uma condição autoimune, ou seja, as próprias células de defesa imunológica agridem as células do organismo, resultando em um processo inflamatório que pode ocorrer tanto em crianças quanto em adultos (1).
Essa inflamação acontece no intestino delgado, mais especificamente na sua parede interna, o que provoca a atrofia das vilosidades do intestino delgado, ocasionando a má absorção de nutrientes.
Esta condição é induzida por alimentos com glúten em pessoas portadoras do haplótipo HLA-DQ2 (90% dos casos) ou DQ8 (6% dos casos). Esse elemento, geralmente encontrado em cereais como trigo, cevada e centeio, interage com os marcadores HLA, causando uma resposta imune anormal da mucosa e consequente lesão tecidual.
A seguir, entenda mais sobre o diagnóstico, sintomas e características da doença celíaca.
O diagnóstico da doença celíaca consiste inicialmente em exames sorológicos para avaliação dos anticorpos (2):
Caso a sorologia seja positiva, é necessário realizar a biópsia duodenal para confirmação do diagnóstico.
Em crianças os sintomas mais frequentes da doença celíaca são (3):
Já em adultos os sintomas mais comuns são:
A intolerância ao glúten não celíaca é diagnosticada mais frequentemente em adultos do que em crianças (4). Os primeiros casos da doença não celíaca (NCGS) foram descritos como patologia não conclusiva com sintomas de dor abdominal, desconforto, distensão abdominal, alteração da permeabilidade intestinal e fadiga, sendo excluída a hipótese de doença Celíaca.
Neste caso, aproximadamente 50% dos portadores apresentam prevalência dos haplótipos HLA-DQ2 e/ou HLA-DQ8 (5). No entanto, não apresentam anticorpos anti-transglutaminase identificados. Sendo assim, o glúten somente desencadeou uma resposta imune, levando ao aumento da expressão de interleucinas, como IL-6, IL-21, IL-17 e IFN-γ (6).
Especula-se que a microbiota também possa participar na patogênese da intolerância ao glúten não celíaca. Sugere-se que a composição da microbiota intestinal e os perfis metabolômicos possam ter influência sobre a redução de tolerância ao glúten em indivíduos geneticamente susceptíveis (7).
Os pacientes com intolerância ao glúten não celíaca também apresentam deficiências nutricionais, outras doenças autoimunes e densidade mineral óssea diminuída em comparação com a população em geral.
Os sintomas da intolerância ao glúten não celíaca são muito semelhantes aos da doença celíaca autoimune. Indivíduos que sofrem desse problema costumam ter (8):
Os casos de intolerância ao glúten têm sido reconhecidos como síndrome do intestino irritável (SII). Além dos sintomas intestinais, sugere-se que os peptídeos relacionadas ao glúten entrem na circulação sistêmica podendo causar:
A alergia ao trigo é uma alergia alimentar mediada por imunoglobulina E (IgE) e é uma das oito principais alergias alimentares.
Quando um alérgeno se liga a anticorpos IgE, induz a ativação de mastócitos e basófilos. No caso do trigo, supõe-se que a alergia ocorra devido a uma alteração da tolerância oral e, como consequência da desregulação imunológica do tipo Th2, induz a sensibilização e a produção de IgE de alérgeno específico para células B (9).
Dependendo da via de exposição ao alérgeno, a alergia ao trigo pode ser classificada como:
Possui maior prevalência em crianças, incluindo sintomas como dermatite atópica moderada a grave. A ingestão de trigo pode provocar urticária, angioedema, obstrução brônquica, náusea, dor abdominal ou em casos graves, anafilaxia sistêmica (10).
Já em adultos, os sintomas gastrointestinais provocados pela ingestão podem ser leves e de difícil reconhecimento, sendo os sintomas mais comuns diarreia e distensão abdominal.
Diante deste cenário, a SYNLAB, além de disponibilizar as dosagens sorológicas de anticorpos anti-transglutaminase tecidual, anti-endomísio, anti-gliadina e imunoglobulina A, disponibiliza diferentes exames de inovação contemplando a análise de intolerância ao glúten ou alergia ao trigo.
As fezes dos pacientes com intolerância ao glúten costumam ser (3):
No entanto, em alguns casos menos frequentes, o paciente pode apresentar constipação (11).
Os tratamentos e práticas que podem ajudar a gerenciar essa condição e melhorar a qualidade de vida incluem:
O tratamento primário e mais eficaz para a intolerância ao glúten é a adoção de uma dieta estritamente sem glúten. Isso significa eliminar todos os alimentos que contêm glúten, incluindo pães, massas, bolos e muitos processados. A transição para uma dieta sem glúten pode ser desafiadora, mas é essencial para evitar os danos que o glúten pode causar ao intestino delgado de pessoas com doença celíaca.
Além de evitar o glúten, é importante garantir que a dieta seja nutricionalmente equilibrada e rica em vitaminas e minerais. Muitos alimentos naturalmente sem glúten, como frutas, vegetais, carnes, peixes e laticínios, podem fornecer os nutrientes necessários.
Além disso, há uma crescente variedade de produtos sem glúten disponíveis no mercado que são enriquecidos com vitaminas e fibras, ajudando a manter uma dieta variada e nutritiva.
Embora a dieta sem glúten seja o tratamento central para a intolerância ao glúten, o acompanhamento médico e nutricional é crucial. Um gastroenterologista pode realizar exames para monitorar a saúde intestinal e a adesão à dieta sem glúten.
Já o nutricionista é o profissional indicado para orientar sobre as melhores escolhas alimentares e garantir que a dieta atenda a todas as necessidades nutricionais do indivíduo.
É também importante estar atento à contaminação cruzada, que pode ocorrer quando alimentos sem glúten entram em contato com alimentos que contêm glúten. Isso pode acontecer na cozinha de casa ou em restaurantes, por isso é essencial tomar medidas para evitar essa contaminação, como usar utensílios separados e áreas de preparação específicas para alimentos sem glúten.
Não existe um único exame para diagnosticar a intolerância ao glúten. Uma combinação de avaliação clínica e exames laboratoriais é necessária. Exames de sangue para detectar anticorpos como anti-endomísio, anti-transglutaminase tecidual e anti-gliadina são comuns.
Para saber qual exame deve ser realizado para o diagnóstico de intolerância ao glúten, é preciso considerar que o termo pode referir-se a dois tipos de patologias:
Dessa forma, somente um médico especialista poderá indicar qual teste deverá ser feito, considerando os sintomas apresentados e o histórico clínico do paciente.
O Grupo SYNLAB, líder na prestação de serviços de diagnóstico médico na Europa, realiza uma gama completa de análises clínicas laboratoriais a pacientes, profissionais de saúde, clínicas e indústria farmacêutica. A seguir, veja quais exames a instituição oferece para a identificação de intolerância ao glúten.
Os exames que a SYNLAB disponibiliza para análise de intolerância ao glúten são:
O Celia Test realiza a análise dos haplótipos:
O exame está indicado para:
O teste Intolerance 2 permite saber em uma única análise, através de uma simples coleta de sangue, se existe uma predisposição genética para a doença celíaca, pela análise dos haplótipos HLA-DQ2 e HLA-DQ8 e também de intolerância à lactose primária pela análise da variante -13910C>T no gene MCM6, responsável pela produção da enzima lactase, associado a 90% dos casos de intolerância a lactose.
O exame é indicado para pacientes com:
Por meio de uma simples coleta de sangue, o teste Wellness Check fornece informações sobre a predisposição genética à regulação metabólica e processos relacionados à nutrição do paciente. Dessa forma, é possível planejar uma dieta adequada e personalizada.
Além de realizar a análise de intolerância ao glúten pela avaliação dos haplótipos HLA-DQ2 e HLA-DQ8, determina variantes genéticas em 24 genes relacionados com:
O exame é indicado para pessoas que:
Veja mais sobre o exame da SYNLAB em: Wellness Check – A genética do metabolismo, nutrição e bem-estar
O exame A200 avalia a reatividade de IgG (reação de hipersensibilidade) frente às proteínas do glúten e mais 216 alimentos da dieta mediterrânea. Com uma simples coleta de sangue é possível saber quais alimentos podem ser potencialmente prejudiciais à sua saúde.
O exame é indicado para pacientes com transtornos gastrointestinais e musculoesqueléticos, doenças e alterações respiratórias e dermatológicas, patologias neurológicas, psicológicas, entre outros. Alguns exemplos são:
O exame que a SYNLAB disponibiliza para análise de alergia ao trigo é: ISAC.
O teste ISAC consiste na determinação simultânea de anticorpos IgE específicos para 112 proteínas alergênicas, presente em mais de 50 alérgenos diferentes, incluindo o trigo, a partir de uma única amostra de sangue (plasma ou soro). A análise permite obter um perfil de sensibilização individual, e os resultados são classificados em quatro categorias:
O exame é indicado para:
A realização de exames precisos e atualizados é essencial para a realização de diagnósticos mais assertivos e para o melhor direcionamento dos tratamentos. A SYNLAB está aqui para te ajudar.
Nós oferecemos soluções diagnósticas com rigoroso controle de qualidade às empresas, pacientes e médicos que atendemos. Há mais de 10 anos no Brasil, atuamos em 36 países e três continentes, sendo líder na prestação de serviços na Europa.
Entre em contato com a equipe SYNLAB e conheça os exames disponíveis.
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