Personalização na atividade física: descubra o impacto do DNA
A prática regular de alguma atividade física é essencial na…
Continuar lendoA prática regular de alguma atividade física é essencial na busca por um estilo de vida saudável, sendo um dos principais elementos no controle do peso corporal e na prevenção de problemas de saúde relacionados ao sistema cardiovascular, endócrino e musculoesquelético.
Qualquer atividade esportiva deve ser baseada em três pilares importantes: treinamento, nutrição e descanso. As nossas características e potencialidades individuais, determinadas em grande parte pela nossa genética, implicam requisitos específicos nestas áreas. Portanto, é importante que a atividade física seja adaptada a esses aspectos, a fim de garantir uma prática segura e um ótimo desempenho.
Embora os benefícios da atividade física sejam amplamente reconhecidos, este artigo explora a influência da genética no desempenho esportivo e como essa abordagem inovadora pode personalizar treinos, nutrição e recuperação. Confira dados recentes e detalhes sobre o Teste Esportivo Avançado da SYNLAB, que une ciência de ponta e tecnologia diagnóstica para fornecer insights precisos e personalizados.
Atividade física é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos que resulta em um gasto de energia acima dos níveis de repouso. Isso inclui ações realizadas no dia a dia, como caminhar, subir escadas, limpar a casa, carregar objetos ou até mesmo brincar. Ela não precisa ser estruturada ou planejada e pode ocorrer em diversos contextos, como no trabalho, nas tarefas domésticas, no lazer ou durante o transporte.
As atividades físicas podem ser classificadas como:
Embora sejam conceitos relacionados, é importante compreender a diferença entre eles. A principal diferença entre atividade física e exercício está na intencionalidade e na estruturação (1).
Atividade física engloba qualquer movimento corporal que aumente o gasto energético acima dos níveis de repouso, em necessidade de um objetivo específico ou planejamento. Pode ocorrer de forma espontânea ou acidental, como levantar-se de uma cadeira, subir escadas ou jogar bola com amigos.
Ao contrário da atividade física, o exercício físico é um subtipo de atividade física, caracterizado por ser planejado, estruturado e repetitivo. Seu objetivo principal é melhorar ou manter a aptidão física, como força, resistência, flexibilidade e equilíbrio.
Ambos são benéficos, mas o exercício físico tende a proporcionar benefícios adicionais para a saúde quando realizado regularmente e de forma adequada.
Em resumo, todo exercício é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício. Por exemplo, caminhar até o mercado é uma atividade física. Fazer uma caminhada de 30 minutos com ritmo acelerado como parte de um plano semanal de exercícios é um exercício físico.
Quando praticados regularmente, os exercícios físicos são de extrema valia para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida, trazendo benefícios significativos, dentre eles (2-4):
Desta forma, a atividade física tem benefícios tanto para a saúde física quanto para a saúde mental, como a redução do risco de doenças crônicas (hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2) e a melhoria do humor e do bem-estar geral.
Sedentarismo é um estilo de vida caracterizado pela ausência da atividade física e está associado a uma série de consequências negativas para a saúde, incluindo aumento do risco de doenças crônicas, problemas musculoesqueléticos, além de transtornos emocionais e mentais, como ansiedade e depressão (4-6).
Níveis baixos de atividade física têm um impacto significativo na saúde global. Estima-se que mais de 5 milhões de mortes por ano poderiam ser prevenidas se as pessoas atingissem níveis adequados de atividade física (7). Apesar dos esforços para estimular hábitos mais ativos, cerca de 28% da população mundial ainda é insuficientemente ativa (8).
Essa redução nos níveis de atividade física tem ocorrido paralelamente ao aumento do tempo dedicado a comportamentos sedentários, um fator que, por si só, representa um risco considerável para a saúde pública. A identificação dos fatores genéticos que influenciam a prática diária de atividade física pode aprofundar nossa compreensão sobre esse comportamento complexo (9).
Compreender os mecanismos moleculares envolvidos na atividade física pode abrir caminho para que seus benefícios sejam alcançados até mesmo por meio de intervenções farmacológicas (9).
O treinamento esportivo é um processo planejado e sistemático, voltado para o desenvolvimento das capacidades físicas, técnicas e mentais de uma pessoa, com o objetivo de maximizar seu desempenho em uma modalidade esportiva.
Por meio de métodos, exercícios e estímulos específicos, o treinamento visa aprimorar a aptidão física, as habilidades técnicas, a tática e o aspecto psicológico do indivíduo, sempre com foco em um esporte particular.
Seu principal objetivo é desenvolver habilidades específicas e otimizar o desempenho atlético. Embora seja amplamente associado a atletas profissionais, o treinamento esportivo também pode ser utilizado por praticantes amadores, que buscam atingir metas como completar uma maratona ou melhorar seu rendimento em atividades recreativas.
A prática de esportes e atividades físicas não se resume apenas ao treinamento árduo e dedicação. A nutrição realiza um papel fundamental no rendimento esportivo e no alcance de metas pessoais, uma vez que fornece o combustível necessário para maximizar o desempenho (10).
Carboidratos complexos são a principal fonte de energia durante exercícios de resistência, enquanto proteínas são essenciais para a recuperação e reparação muscular. Além disso, as gorduras saudáveis desempenham um papel crucial no suporte metabólico e na absorção de vitaminas lipossolúveis (11).
Sabe-se que a nutrição é composta também por hidratação e reposição de eletrólitos, uma vez que a perda destes, através do suor pode levar à fadiga precoce e diminuição do desempenho esportivo. Portanto, é essencial ingerir água regularmente e, em exercícios prolongados e intensos para repor as perdas (10).
As respostas musculares são os pilares que sustentam o nosso rendimento nos exercícios físicos. A capacidade dos músculos de se contrair, adaptar e recuperar é fundamental para a execução eficiente dos movimentos e a conquista de metas esportivas. Ao compreender essas respostas e como elas se relacionam com a prática esportiva, pode-se otimizar o treino, melhorar o desempenho e alcançar níveis mais elevados de saúde e condicionamento físico (2, 12).
O sucesso atlético é influenciado por muitos fatores geneticamente determinados, incluindo características transcriptômicas, bioquímicas, histológicas, antropométricas, fisiológicas e psicológicas, bem como o estado geral de saúde (13 – 16). Em média, 66% da variação no status do atleta pode ser explicada por fatores genéticos. A variação restante é devida a fatores ambientais, como prática deliberada, nutrição, auxiliares ergogênicos, local de nascimento, disponibilidade de suporte médico e social (17 – 19).
Segundo estudos, as lesões ocasionadas durante a prática esportiva derivam muitas vezes por falta de informação, execução inadequada de movimentos, ausência de alongamento antes das atividades e exceder os limites físicos do corpo. No entanto, essas situações podem ser evitadas através da busca por orientação de profissionais especializados durante a prática esportiva. Respeitar os limites do corpo, manter-se adequadamente hidratado e alimentado, além de realizar um alongamento muscular apropriado e um aquecimento adequado são medidas fundamentais para prevenir as lesões (12).
A personalização do treinamento é uma abordagem revolucionária que coloca o atleta no centro do processo de aprimoramento do desempenho esportivo. Respeitando a individualidade de cada indivíduo e utilizando tecnologias avançadas, essa estratégia oferece a oportunidade de alcançar resultados surpreendentes.
A ciência do esporte está cada vez mais comprometida em aprimorar o desempenho de atletas, e a personalização dos treinos é uma poderosa aliada nessa busca por excelência esportiva. Através dessa abordagem inovadora, os limites do desempenho esportivo são constantemente desafiados, proporcionando aos atletas a oportunidade de alcançar seus objetivos mais ambiciosos.
Muitos estudos apontam o treino excessivo, conhecido como overtraining, como um fenômeno preocupante que pode ocorrer em praticantes de atividade física.
Esse estado é caracterizado por uma sobrecarga extrema do corpo devido a treinos intensos e frequentes, sem o devido tempo para recuperação. Quando o corpo não consegue se recuperar adequadamente, podem surgir sintomas como fadiga persistente, queda no desempenho, irritabilidade, insônia, dores musculares e até mesmo lesões.
O overtraining pode comprometer a saúde física e mental do indivíduo, levando a um declínio no rendimento esportivo e afetando negativamente a qualidade de vida. Portanto, é essencial que os atletas e praticantes de exercícios físicos respeitem os limites do corpo, estabeleçam um equilíbrio entre treino e descanso, e estejam atentos aos sinais de exaustão para evitar o treino excessivo e suas consequências adversas (12, 20).
A SYNLAB oferece o exame Teste Esportivo Avançado, que consiste na análise genética de 34 SNVs (variantes de nucleotídeo único), em 31 genes e 10 marcadores bioquímicos, por meio de uma única coleta de sangue e baseados em cinco parâmetros associados às características individuais no desempenho esportivo, sendo eles: Resposta muscular e rendimento, Recuperação e lesão, Auxílio ao rendimento, Auxílio a recuperação e Nutrição no esporte, oferecendo recomendações personalizadas.
O exame é realizado mediante técnica de genotipagem de SNVs com openarrays, que consiste em analisar e identificar variações em um único nucleotídeo dentro do DNA de um indivíduo, fornecendo informações valiosas sobre suas características genéticas e a relação com doenças, resposta a tratamentos e outros aspectos da saúde humana.
O teste Esportivo Avançado é indicado para:
A realização de exames precisos e atualizados é essencial para diagnósticos mais assertivos e para o melhor direcionamento dos tratamentos. A SYNLAB está aqui para te ajudar.
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1) Dasso NA. How is exercise different from physical activity? A concept analysis. Nurs Forum. 2019 Jan;54(1):45-52. doi: 10.1111/nuf.12296. Epub 2018 Oct 17.
2) Costa, Rudy Alves; Soares, Hugo Leonardo Rodrigues; Teixeira, José Antônio Caldas. Benefícios da atividade física e do exercício físico na depressão. Revista do Departamento de Psicologia. UFF, v. 19, p. 273-274, 2007.
3) Da Silva Hortencio, Marinella Nogueira et al. Efeitos de exercícios físicos sobre fatores de risco cardiovascular em idosos hipertensos. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 31, n. 2, 2018.
4) Pitanga, Francisco José Gondim; Beck, Carmem Cristina; Pitanga, Cristiano Penas Seara. Atividade física e redução do comportamento sedentário durante a pandemia do Coronavírus. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2020.
5) Ferreira, Marcos Santos; Castiel, Luis David; Cardoso, Maria Helena Cabral de Almeida. A patologização do sedentarismo. Saúde e Sociedade, v. 21, p. 836-847, 2012.
6) Carlucchi, Edilaine Monique de Souza et al. Obesidade e sedentarismo: fatores de risco para doença cardiovascular. Comun. ciênc. saúde, p. 375-384, 2013.
7) Lee, I. M. et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet 380, 219–229 (2012).
8) Global Action Plan for the Prevention and Control of Noncommunicable Diseases 2013–2020 (World Health Organization, 2013).
9) Wang Z, Emmerich A, Pillon NJ, Moore T, et al. Genome-wide association analyses of physical activity and sedentary behavior provide insights into underlying mechanisms and roles in disease prevention. Nat Genet. 2022 Sep;54(9):1332-1344.
10) Carvalho, Tales de; Mara, Lourenço Sampaio de. Hidratação e nutrição no esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 16, p. 144-148, 2010.
11) Alves, Liliani Roza et al. Effect of diet and physical activity in custom body composition in women. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 7, n. 41, p. 263-269, 2013.
12) Ferreira RF. O treinamento excessivo e suas relações com lesões no joelho. 2012. Tese de Doutorado. Universidade Gama Filho.
13) Zhelankin, A.V.; Iulmetova, L.N.; Ahmetov, I.I.; Generozov, E.V.; Sharova, E.I. Diversity and Differential Expression of MicroRNAs in the Human Skeletal Muscle with Distinct Fiber Type Composition. Life 2023, 13, 659.
14) Ahmetov, I.I.; Stepanova, A.A.; Biktagirova, E.M.; Semenova, E.A.; Shchuplova, I.S.; Bets, L.V.; Andryushchenko, L.B.; Borisov, O.V.; Andryushchenko, O.N.; Generozov, E.V.; et al. Is testosterone responsible for athletic success in female athletes? J. Sport.Med. Phys. Fit. 2020, 60, 1377–1382.
15) Fuku, N.; Kumagai, H.; Ahmetov, I.I. Genetics of muscle fiber composition. In Sports, Exercise, and Nutritional Genomics: Current Status and Future Directions; Barh, D., Ahmetov, I., Eds.; Academic Press: Cambridge, MA, USA, 2019; pp. 295–314.
16) Hall, E.C.R.; Semenova, E.A.; Borisov, O.V.; Andryushchenko, O.N.; Andryushchenko, L.B.; Zmijewski, P.; Generozov, E.V.; Ahmetov, I.I. Association of muscle fiber composition with health and exercise-related traits in athletes and untrained subjects. Biol. Sport 2021, 38, 659–666.
17) Macnamara, B.N.; Hambrick, D.Z.; Oswald, F.L. Deliberate practice and performance in music, games, sports, education, and professions: A meta-analysis. Psychol. Sci. 2014, 25, 1608–1618.
18) Beck, K.L.; Thomson, J.S.; Swift, R.J.; von Hurst, P.R. Role of nutrition in performance enhancement and postexercise recovery. Open Access J. Sports Med. 2015, 6, 259–267.
19) Bezuglov, E.; Morgans, R.; Butovskiy, M.; Emanov, A.; Shagiakhmetova, L.; Pirmakhanov, B.;Wa´skiewicz, Z.; Lazarev, A. The relative age effect is widespread among European adult professional soccer players but does not affect their market value. PLoS ONE 2023, 18, e0283390.
20) Burini, Franz Homero Paganini; Oliveira, Erick Prado de; Burini, Roberto Carlos. (Mal) adaptações metabólicas ao treinamento contínuo: concepções não consensuais de terminologia e diagnóstico. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 16, p. 388-392, 2010.
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