Intolerância alimentar: como identificar, tratar e melhorar a qualidade de vida - Synlab

Intolerância alimentar: como identificar, tratar e melhorar a qualidade de vida

Publicado por Synlab em 13 de março de 2025
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Você já sentiu desconforto após comer certos alimentos, como inchaço, dores abdominais ou até fadiga? Esses sintomas podem indicar intolerância alimentar, uma condição comum que afeta milhões de pessoas no mundo todo.

 

Estima-se que até 20% da população sofra com algum tipo de intolerância alimentar, mas muitas pessoas passam anos sem um diagnóstico adequado. Saber reconhecer os sinais e buscar o exame correto pode ser a chave para melhorar a qualidade de vida. Afinal, entender o que seu corpo precisa (ou não tolera) é essencial para uma alimentação equilibrada e sem desconfortos!

 

Neste artigo, vamos abordar a diferença da intolerância para a alergia alimentar, bem como os principais alimentos que podem causar a condição, o processo de diagnóstico e os principais exames utilizados para escolha da abordagem terapêutica da intolerância alimentar. Boa leitura!

 

 

O que é intolerância alimentar? 

A intolerância ou sensibilidade alimentar abrange diferentes definições, sendo geralmente caracterizada como uma reação adversa aos alimentos sem envolvimento direto do sistema imunológico.

 

Essa condição pode estar relacionada à deficiência de enzimas digestivas, como na intolerância à lactose, ou a uma resposta inflamatória tardia mediada por imunoglobulina do tipo IgG (1,2).

 

Quando há deficiência de enzimas responsáveis pela digestão de determinados alimentos, sua metabolização torna-se incompleta, resultando em sintomas gastrointestinais desconfortáveis.

 

Além disso, outro mecanismo sugerido envolve o aumento da permeabilidade intestinal, que pode permitir a passagem de antígenos alimentares para a circulação, estimulando a produção de IgG específica contra proteínas alimentares (3).

 

Esse fenômeno está associado à redução de citocinas anti-inflamatórias, como IL-10 e TGFb1, e tem sido estudado no contexto da síndrome do intestino irritável (4).

 

Os sintomas da intolerância alimentar são variados e podem se manifestar de diferentes formas, abrangendo alterações gastrointestinais, respiratórias, cutâneas e até neurológicas, como enxaquecas (5-8). Esses sinais podem surgir horas ou até dias após a ingestão do alimento desencadeante, tornando o diagnóstico desafiador.

 

Essa condição pode surgir em qualquer fase da vida, mesmo que o indivíduo tenha consumido o alimento por anos sem apresentar sintomas. Devido à sua natureza inflamatória e de reação tardia, o reconhecimento precoce dos gatilhos alimentares pode contribuir para o manejo adequado dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida.

 

Qual a diferença entre intolerância alimentar e alergia alimentar? 

Segundo um painel de especialistas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (INADI), em 2010, a alergia alimentar é definida como uma reação adversa à saúde resultante de uma resposta imunológica específica e reprodutível à exposição a determinado alimento.

 

Em contraste, a intolerância alimentar refere-se a reações não imunológicas, que podem estar relacionadas a mecanismos metabólicos, tóxicos, farmacológicos ou ainda pouco compreendidos (9).

 

A alergia alimentar envolve uma resposta exacerbada do sistema imunológico, mesmo a pequenas quantidades do alimento, sendo mediada principalmente pela imunoglobulina E (IgE) e classificada como uma reação de hipersensibilidade do tipo I. Já a intolerância alimentar, mais comum, decorre de fatores como contaminação alimentar, reações farmacológicas ou alterações metabólicas e neuropsicológicas (10-11), e é mediada por imunoglobulina G (IgG).

 

A alergia alimentar afeta cerca de 6 a 8% das crianças menores de três anos e aproximadamente 3% dos adultos (12), sua incidência é maior em indivíduos com outras condições alérgicas, sendo encontrada em 38% das crianças com dermatite atópica e 5% daquelas com asma (13).

 

Apesar dessa distinção, a confusão entre os dois conceitos é frequente, pois ambas podem ser desencadeadas pelos mesmos alimentos. No entanto, diferentemente das reações imunológicas imediatas da alergia alimentar, as intolerâncias podem se manifestar de forma tardia e serem influenciadas por fatores como estresse, infecções, uso de antibióticos e anti-inflamatórios, que comprometem a permeabilidade intestinal.

 

As alergias alimentares geralmente surgem na infância e possuem baixa taxa de remissão ao longo do crescimento. Já as intolerâncias podem se desenvolver em qualquer fase da vida.

 

O diagnóstico preciso dessas condições é essencial para garantir um tratamento clínico adequado, e exames cada vez mais especializados permitem essa diferenciação com maior assertividade.

 

Saiba mais sobre a diferença entre alergia e intolerância alimentar em nosso artigo sobre o tema.

 

Quais os principais sintomas da intolerância alimentar?

Os sintomas da intolerância alimentar podem variar amplamente entre os indivíduos, dependendo do tipo de alimento envolvido e do grau de intolerância. Embora o trato gastrointestinal seja o mais afetado, manifestações em outros sistemas também podem ocorrer, tornando o diagnóstico desafiador. Entre os sintomas mais comuns, destacam-se: (6,7,14).

 

  • Diarreia
  • Constipação
  • Dor de estômago
  • Sensação de barriga inchada
  • Refluxo gástrico
  • Gases
  • Intestino irritável
  • Dores musculares e articulares
  • Fadiga
  • Dores de cabeça
  • Infecções na pele.

Quais os alimentos que mais causam intolerância?

Os alimentos que mais causam intolerância variam de acordo com o tipo de substância que o organismo tem dificuldade em digerir ou metabolizar. Entre os mais comuns, destacam-se (15): 

 

  • Laticínios (leite, queijo, iogurte, manteiga): encontrada no leite e derivados, a intolerância à lactose, da qual já falamos aqui no blog, é uma das mais frequentes, devido à incapacidade de digerir o açúcar presente no leite. 
  • Glúten (trigo, cevada, centeio e seus derivados): a intolerância ao glúten, diferente da doença celíaca, pode causar desconfortos gastrointestinais e fadiga, mas sem envolver o sistema imunológico. Leia sobre a intolerância ao glúten neste artigo.
  • Frutose: a intolerância à frutose está relacionada à dificuldade de metabolizar o açúcar encontrado em frutas, vegetais e alguns adoçantes artificiais.
  • Histamina: comumente encontrada em alimentos fermentados, como queijos envelhecidos, vinhos, carnes processadas e alguns vegetais, a intolerância à histamina pode provocar reações como dores de cabeça e distúrbios digestivos.
  • Frutos do mar e peixes: algumas pessoas apresentam reações adversas a peixes e frutos do mar devido a compostos naturais presentes nesses alimentos. 
  • Ovos: a intolerância ao ovo pode estar relacionada a dificuldades na digestão de proteínas da clara ou da gema.
  • Oleaginosas (amêndoas, nozes, castanhas, amendoim): embora sejam frequentemente associadas a alergias, algumas pessoas podem apresentar intolerância a esses alimentos.
  • Soja e derivados: a soja contém compostos que podem ser difíceis de digerir e causar sintomas gastrointestinais. 
  • Leguminosas: alimentos como feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, podem provocar desconforto abdominal e gases devido à fermentação de fibras no intestino. 
  • Aditivos alimentares (corantes, conservantes e edulcorantes artificiais): algumas pessoas podem ter sensibilidade a aditivos como glutamato monossódico (MSG), sulfitos e aspartame.

Como é feito o diagnóstico da intolerância alimentar?

O diagnóstico de intolerância alimentar é desafiador devido à sua sintomatologia inespecífica, ausência de resposta imediata e limitação dos testes convencionais, como os cutâneos.

 

Diferentes mecanismos podem estar envolvidos, incluindo deficiências enzimáticas, alterações na microbiota intestinal e disfunções gastrointestinais, tornando a identificação precisa mais complexa (9).

 

Além disso, fatores como estresse, infecções e uso prolongado de antibióticos podem comprometer a integridade da mucosa intestinal, aumentando a predisposição à intolerância alimentar.

 

A avaliação clínica inicia-se com um histórico detalhado, incluindo alimentação e estilo de vida. Em pacientes com sintomas gastrointestinais persistentes, exames laboratoriais, endoscopia e testes de fezes podem ser realizados para excluir doenças orgânicas.

 

Na ausência de patologias identificáveis, o diagnóstico geralmente recai sobre distúrbios gastrointestinais funcionais, como a síndrome do intestino irritável (SII) ou dispepsia funcional (16).

 

Os avanços científicos têm facilitado a identificação de intolerâncias alimentares por meio de testes inovadores, como o A200, que analisam a reação a diferentes alimentos a partir de uma simples amostra de soro. Esses exames permitem um melhor direcionamento da conduta clínica, proporcionando benefícios significativos à qualidade de vida dos pacientes.

 

Quais são as opções de tratamento e alternativas alimentares?

Muitos indivíduos sofrem de intolerância alimentar crônica a determinados alimentos. Estima-se que cerca de 20% da população possa apresentar algum tipo de reação adversa a alimentos específicos.

 

A identificação e exclusão dos alimentos que causam hipersensibilidade resultam em uma melhoria significativa na qualidade de vida de muitos pacientes, com benefícios que vão desde o alívio de sintomas gastrointestinais até a redução de inflamações e problemas de pele.

 

A abordagem terapêutica inicial para intolerâncias alimentares envolve a retirada dos alimentos aos quais o indivíduo apresenta anticorpos específicos. A detecção de anticorpos IgG elevados contra determinados alimentos pode ser uma ferramenta útil para a identificação das substâncias que desencadeiam reações adversas.

 

A exclusão desses alimentos da dieta geralmente leva a uma melhoria visível da sintomatologia, que pode variar desde acne e dores nas articulações até distúrbios digestivos e fadiga crônica. Estima-se que, em aproximadamente 75% dos casos, a eliminação desses alimentos resulte em uma redução substancial ou até desaparecimento dos sintomas.

 

Após um período de seis meses de exclusão alimentar, os alimentos identificados podem ser reintroduzidos de forma gradual, permitindo avaliar a tolerância do organismo. Esse processo deve ser feito sob orientação profissional para evitar recorrências de sintomas e garantir uma alimentação equilibrada e nutritiva.

 

Quais exames a SYNLAB oferece para as intolerâncias alimentares?

A SYNLAB oferece exames especializados para a investigação de diferentes tipos de alimentos, auxiliando na identificação de sensibilidades e intolerâncias. Entre eles, destacam-se:

 

  • Exame A200: determina a presença de anticorpos IgG no soro contra 216 proteínas de alimentos (verduras e hortaliças, legumes, produtos lácteos e ovo, peixes e frutos do mar, carnes, frutas, frutos secos, ervas e especiarias, cereais e grãos, entre outros). Com uma simples coleta de sangue, é possível saber quais alimentos podem ser potencialmente prejudiciais à sua saúde.

O exame é indicado para pacientes com transtornos gastrointestinais e musculoesqueléticos, doenças e alterações respiratórias e dermatológicas, patologias neurológicas, psicológicas, entre outros.  Você pode saber mais sobre o exame A200, no texto Exame A200: Tudo o que você precisa saber.

 

  • Lactose Test: exame para intolerância a lactose e que consiste na análise genética do DNA do paciente para determinar a presença de variantes no gene MCM6 associadas com o desenvolvimento da intolerância à lactose na fase adulta.

O exame é indicado para a avaliação de hipolactasia em adultos com sintomas clínicos de intolerância a lactose: dor e distensão abdominal, inchaço; gases e diarreia, e nos casos de suspeita clínica de intolerância à lactose.

 

  • Celia Test: exame de intolerância ao glúten. Consiste em um estudo genético que objetiva a análise dos haplótipos denominados de risco: HLA-DQ2 e HLA DQ8. O teste possibilita a análise dos alelos DQA1*0501 e DQB1*0201 do haplótipo HLA-DQ2 (costuma estar associado com 90% dos casos de intolerância ao glúten) e dos alelos DQA1*0301 e DQB1*0302 do haplótipo HLA-DQ8.

O exame é indicado para indivíduos com suspeita clínica e estudo sorológico negativo, antes de realizar a biópsia de duodeno; para investigar a suscetibilidade genética em familiares de um paciente celíaco; para pessoas com estudos sorológicos positivos e para aqueles que seguem uma dieta sem glúten, sem apresentarem um diagnóstico correto, com reintrodução do glúten após dieta de exclusão.

 

  • Intolerance 2: exame de intolerância ao glúten e a lactose. O teste Intolerance 2 permite saber em uma única análise, através de uma simples coleta de sangue, se existe uma predisposição genética para a doença celíaca, pela análise dos haplótipos HLA-DQ2 e HLA-DQ8 e de intolerância à lactose primária pela análise da variante -13910C>T no gene MCM6, responsável pela produção da enzima lactase, associado a 90% dos casos de intolerância a lactose.

O exame é indicado para pacientes com suspeita clínica de doença celíaca e estudo sorológico negativo, antes de realização da biópsia de duodeno; pacientes com sorologia positiva para doença celíaca que rejeitam a biópsia duodenal; pacientes cm sintomatologia compatível com doença celíaca e ou sintomatologia compatível com intolerância à lactose.

 

  • Frutose Test: exame para intolerância a frutose, que consiste na avaliação de três variantes recorrentes no gene ALDOB (A149P, A174D, N334K) responsáveis por 90% dos casos. Alternativamente ao teste respiratório, a análise é realizada a partir de uma amostra de sangue, evitando a exposição direta do paciente a substâncias.

O exame é indicado para crianças com sintomatologia clínica e características nutricionais e/ou familiares sugestivas de intolerância a frutose e casos de suspeita clínica de má absorção de frutose.

 

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A realização de exames precisos e atualizados é essencial para diagnósticos mais assertivos e para o melhor direcionamento dos tratamentos. A SYNLAB está aqui para te ajudar.

 

Oferecemos soluções diagnósticas com rigoroso controle de qualidade às empresas, pacientes e médicos que atendemos. Estamos no Brasil há mais de 10 anos, atuamos em 36 países e três continentes, e somos líderes na prestação de serviços na Europa.

 

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Referências bibliográficas

1. Bricks LF. Reações adversas aos alimentos na infância: Intolerância e Alergia alimentar – atualização. Pediatria (São Paulo). 1994;16(4):177-185.

 

2. Sten Dreborg. Debates in allergy medicine: food intolerance does not exist. Dreborg World Allergy Organization Journal (2015) 8:37. DOI 10.1186/s40413-015-0088-6

 

3. Beyer K, Teuber SS. Food allergy diagnostics: scientific and unproven procedures. Curr Opin Allergy Clin Immunol. 2005;5(3):261–6.

 

4. Sentsova TB, Vorozhko IV, Isakov VA, Morozov SV, Shakhovskaia AK.[Immune status estimation algorithm in irritable bowel syndrome patients with food intolerance]. Eksp Klin Gastroenterol. 2014;(7):13-7.

 

5. Collard J. Food Allergy and Intolerance. Pract Nurse. 2010;39(1):17–21.

 

6. Guo H, Jiang T, Wang J, Chang Y, Guo H, Zhang W. The Value of Eliminating Foods According to Food-Specific Immunoglobulin G Antibodies in Irritable Bowel Syndrome with Diarrhoea. J Int Med Res. 2012;40(1):204–

 

7. Kumar R, Kumar M, Singh M, Bisht I, Gaur S, Gupta N. Prevalence of food intolerance in bronchial asthma in India. Indian J Allergy Asthma Immunol. 2013;27(2):121.

 

8. Gaur S, Kumar R. Food allergy or food intolerance.? Indian J Allergy Asthma Immunol. 2013;27(2):93.

 

9. Boyce, J.A.; Assa’ad, A.; Burks, A.W.; Jones, S.M.; Sampson, H.A.; Wood, R.A.; Plaut, M.; Cooper, S.F.; Fenton, M.J.; Arshad, S.H.; et al. Guidelines for the diagnosis and management of food allergy in the united states: Summary of the NIAID-sponsored expert panel report. J. Allergy Clin. Immunol. 2010, 126, 1105–1118.

 

10. Ferguson A. Definitions and diagnosis of food intolerance and food allergy: consensus and controversy. J. Pediatr, 121:S7-11, 1992.

 

11. Burks AW, Sampson HÁ. Diagnostic approaches to the patient with suspected food allergies. J Pediatr. 121:S64-71, 1992.

 

12. https://ada.com/pt/conditions/food-allergy/

 

13. Alergia alimentar [Internet]. ASBAI. 2019 [cited 2024 May 6]. Available from: http://asbai.org.br/alergia-alimentar-4

 

14. Wilders-Truschnig M, Mangge H, Lieners C, Gruber H-J, Mayer C, März W. IgG antibodies against food antigens are correlated with inflammation and intima media thickness in obese juveniles. Exp Clin Endocrinol Diabetes Off J Ger Soc Endocrinol Ger Diabetes Assoc. 2008;116(4):241–5.

 

15. Zingone F, Bertin L, Maniero D, Palo M, et al. Myths and Facts about Food Intolerance: A Narrative Review. Nutrients. 2023 Nov 30;15(23):4969. doi: 10.3390/nu15234969.

 

16. Lomer MC. Review article: the aetiology, diagnosis, mechanisms and clinical evidence for food intolerance. Aliment Pharmacol Ther. 2015 Feb;41(3):262-75.

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