Câncer de Mama: Fatores de Risco, Diagnóstico e o Papel dos Exames Moleculares
O câncer de mama é uma das neoplasias mais prevalentes…
Continuar lendoO microbioma vaginal é um tema de crescente interesse na medicina e na pesquisa científica devido à sua importância para a saúde feminina. Compreender como a comunidade microbiana da vagina influencia a imunidade, a nutrição e o bem-estar geral é crucial para médicos e especialistas. Este artigo explora a composição, as funções e a relevância do microbioma vaginal, destacando suas implicações na saúde reprodutiva e na prevenção de doenças.
O organismo humano abriga uma rica diversidade de microrganismos, formando um sistema dinâmico, funcional e auxiliar que se desenvolve em harmonia com o progresso fisiológico de seu hospedeiro.
Desta forma, a microbiota desempenha um papel fundamental nos mecanismos fisiológicos humanos, tais como desenvolvimento da imunidade e da nutrição, estabelecendo uma relação mutuamente benéfica com o hospedeiro, no qual este fornece abrigo e nutrição.
O termo microbiota refere-se à complexa comunidade de microrganismos que habita um local específico do corpo como o trato gastrointestinal, a pele, a boca, a vagina, entre outros.
A microbiota inclui todas as bactérias, vírus, fungos e outros microrganismos que coexistem nesse ambiente, além de exercerem papéis importantes na saúde e no funcionamento do organismo hospedeiro.
Já o termo microbioma refere-se ao genoma coletivo de um consórcio ou comunidade microbiana, ou seja, é o conjunto completo de genes dos microrganismos que formam a microbiota (inclui o material genético de todas as bactérias, vírus, fungos e demais microrganismos). Além disso, o termo refere-se ainda sobre as atividades e capacidades metabólicas dos microrganismos presentes (1).
Nos estágios iniciais da vida, o desenvolvimento do microbioma influencia a função imunológica. Microrganismos adquiridos verticalmente, horizontalmente e graças ao ambiente, bem como seus produtos metabólicos, têm o potencial de moldar os cursos de desenvolvimento que impactam a saúde ao longo da vida (2).
Assim, o microbioma desempenha um papel crucial no desenvolvimento de funções metabólicas, imunológicas e nutricionais, tornando necessário um cuidado atento. Desta forma, compreender como comunidades microbianas complexas podem afetar a patogênese de diversas doenças tem implicações significativas para prevenção, diagnóstico e tratamento das mesmas (3).
Nas últimas décadas, a pesquisa do microbioma humano evoluiu além da simples categorização da diversidade de microrganismos, para a forma como esses microrganismos constituem um sistema funcional auxiliar e dinâmico, que se desenvolve de maneira sinérgica, em paralelo com o processo de desenvolvimento e declínio fisiológico (4-6).
O que está cada vez mais evidente é que uma ampla gama de condições, que incluem doenças inflamatórias crônicas (7), doenças metabólicas (8), distúrbios neurológicos e câncer (9, 10), agora está sendo relacionado a alterações funcionais no microbioma.
Essas alterações podem ocorrer tanto isoladamente no local de manifestação da doença quanto em áreas de mucosas ou sistemas de órgãos distantes, o que desencadeia mudanças metabólicas e imunológicas no hospedeiro (1).
Diversos fatores, como a dieta, agentes antimicrobianos e imunidade, influenciam os microbiomas humanos, especialmente o microbioma intestinal, que abriga a maior quantidade e variedade de microrganismos. Em resposta, os produtos bioativos proveniente do microbioma moldam a função das células humanas (11, 12).
Para entender melhor a influência do microbioma intestinal na saúde, a SYNLAB oferece o exame MyBiome, um teste diagnóstico que realiza a leitura completa do genoma do microbiano intestinal por meio de sequenciamento massivo (shotgun metagenomics). Leia mais sobre o microbioma intestinal e descubra como o MyBiome permite realizar um estudo aprofundado, objetivo e acionável de todos os microrganismos que compõem o ecossistema intestinal.
A microbiota vaginal constitui cerca de 9% da microbiota humana total (13) e é considerada um microambiente dinâmico onde o estado gestacional, o uso de contraceptivos, o ciclo menstrual e a atividade sexual contribuem para a variação nas comunidades bacterianas (14, 15).
Acredita-se que a flora vaginal normal seja dominada por lactobacilos. As espécies L. iners, L. crispatus, L. gasseri e L. jensenii, demonstraram predominar a microbiota vaginal de mulheres saudáveis em idade reprodutiva em proporções variadas (16-18). Cerca de 120 espécies de Lactobacillus foram documentadas e 20 são conhecidas por habitar a vagina.
No entanto, uma microbiota vaginal alterada com baixa abundância de lactobacilos, especialmente durante a gravidez, pode resultar em indução de inflamação excessiva e risco de gerar parto prematuro (19, 20).
Ademais, uma vez que o microbioma vaginal desempenha um papel importante na implantação do embrião, não é surpreendente que a vaginose bacteriana seja mais comum em mulheres inférteis e esteja associada a taxas reduzidas de concepção (13).
Esses microrganismos vivem em uma relação mutualística com a vagina, protegendo-a de microrganismos potencialmente patogênicos, como aqueles que causam vaginose bacteriana, infecções do trato urinário, infecções por Candida e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) (21).
Essa contribuição parece ser indispensável para o sucesso reprodutivo. A microbiota atua como um defensor da linha de frente contra microrganismos invasores por um fenômeno denominado “resistência à colonização”, ou seja, impede que organismos estranhos colonizem locais do corpo humano, causando infecções (22).
A concepção de um padrão global de normalidade em contraste com a disbiose do microbioma vaginal é alvo de debate, uma vez que mulheres de diferentes etnias apresentam microbiotas vaginais distintas com variações regionais (23). No entanto, apesar da grande variabilidade entre mulheres, atualmente é aceito que o “estado saudável do microbioma vaginal” em mulheres em idade reprodutiva é caracterizado pela presença dominante de uma ou, no máximo, duas espécies de Lactobacillus, sendo L. crispatus, L. iners, L. gasseri e L. jensenii as mais comuns.
Através da produção de ácido láctico, os lactobacilos conseguem manter um ambiente ácido na vagina que, juntamente com a produção de outros compostos antimicrobianos, ajudam a inibir ou controlar o crescimento de microrganismos oportunistas e patogênicos.
Os principais constituintes do microbioma, as bactérias, precisam manter uma simbiose constante, que é o equilíbrio entre as bactérias comensais (benéficas) e as patogênicas (nocivas).
O contrário disso, conhecido como disbiose, ocorre quando há um desequilíbrio nessa relação, desencadeando um padrão de microbiota pró-inflamatória (3). A disbiose prejudica o estado de saúde ao aumentar a suscetibilidade do hospedeiro a um espectro de distúrbios inflamatórios e metabólicos (24).
Cerca de 20-30% das mulheres em idade reprodutiva apresentam microbioma alterado. A disbiose na microbiota vaginal pode ser fisiológica ou patológica, dependendo da interação de fatores metabólicos e fatores microbianos. A microbiota vaginal evolui com a idade, com microrganismos anaeróbios sendo dominantes na idade pré-puberal para a vagina rica em Lactobacillus em idade reprodutiva (25).
Os desequilíbrios no microbioma vaginal são causados principalmente pela depleção de Lactobacillus spp. Estudos associam esta diminuição com um aumento do risco de infecção sexualmente transmissível (IST), além de complicações na gestação (aborto e parto prematuro) e resultados menos favoráveis de fertilização in vitro (menor taxa de implantação e maior número de abortos tardios) (26, 27).
A influência hormonal também é um fator importante que determina as diferentes fases do ciclo reprodutivo das mulheres. Dentre os hormônios, os estrógenos são conhecidos por induzirem modificações específicas na microbiota vaginal (28).
Alterações tanto fisiológicas (gravidez e ciclo menstrual) quanto patológicas (vaginose bacteriana, infecções do trato urinário e doenças sexualmente transmissíveis) estão associadas a alterações significativas na microbiota vaginal (29).
Desta forma, nos últimos anos, tem sido reconhecido que a comunidade microbiana do trato genital inferior desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde sexual e reprodutiva da mulher.
Acredita-se que o microbioma vaginal associado à vaginose bacteriana seja um fator contribuinte para a infertilidade em mulheres em idade reprodutiva (30). Mulheres com infertilidade idiopática demonstram uma maior incidência de microbiota vaginal anormal (31).
Estudo de revisão sistemática com meta-análise sobre a associação de vaginose bacteriana e infertilidade revelou que 19% das mulheres inférteis têm vaginose bacteriana, enquanto 39% tinham flora vaginal intermediária.
Adicionalmente, observou-se uma prevalência maior de vaginose bacteriana em mulheres inférteis em comparação com mulheres férteis na mesma faixa etária, e essa condição esteve relacionada a taxas reduzidas de concepção.
Esses resultados reforçam a importância da presença abundante de espécies de Lactobacillus como característica de uma flora vaginal saudável e normal (32). Portanto, uma compreensão mais abrangente dos elementos funcionais, para além da composição do microbioma vaginal pode contribuir para o aprimoramento das estratégias de diagnóstico e tratamentos.
A SYNLAB oferece o estudo metagenômico do microbioma vaginal, o qual permite analisar a abundância relativa das espécies bacterianas que compõem a comunidade microbiana vaginal mediante sequenciamento metagenômico shotgun (sequenciamento completo do genoma bacteriano).
Desta forma, o viés de amplificação inerente aos estudos convencionais baseados na análise de 16S rRNA é evitado e fornece informações mais precisas à nível da espécie.
Adicionalmente, o teste incluí a análise (RT-PCR) de infeção por Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Trichomonas vaginalis, Micoplasma genitalium/hominis, Ureaplasma urealyticum/parvum e as sete seguintes espécies de Candida: C. albicans, C. glabrata, C. parapsilosis, C. krusei, C. dubliniensis C. tropicalis e C. lusitaniae.
O exame de microbioma vaginal oferece uma visão completa do microbioma vaginal, permitindo:
Para ilustrar como o estudo metagenômico do microbioma vaginal pode auxiliar em tratamentos personalizados e diagnósticos mais precisos, apresentamos um caso clínico que exemplifica os benefícios dessa abordagem inovadora na prática clínica.
Uma paciente de 35 anos, com histórico de vaginose bacteriana recorrente, realizou a análise metagenômica do microbioma vaginal. O resultado revelou que quase 97% de sua microbiota vaginal era composta por bactérias que não pertenciam ao gênero Lactobacillus, evidenciando um quadro de disbiose vaginal. Dentre essas, 44,6% consistiam de Gardnerella vaginalis, bactéria associada ao CST IV (Community State Type IV), caracterizado por baixa produção de ácido lático e bacteriocinas, além de um pH vaginal elevado.
Esse desequilíbrio microbiano favorece a inflamação da mucosa vaginal, condição típica de vaginose bacteriana. Além disso, a predominância de Gardnerella vaginalis facilita a proliferação de outras bactérias anaeróbias, como a Mobiluncus, presente em 24,6% da microbiota dessa paciente. Ambas as espécies são conhecidas pela formação de biofilmes, uma espécie de escudo que as células bacterianas utilizam ao seu redor como sua proteção, dificultando sua eliminação, o que torna o tratamento mais complexo e desafiador.
Apesar de os antibióticos mais comumente utilizados para tratar a vaginose bacteriana serem o metronidazol e a clindamicina, o caso específico desta paciente exigiu uma abordagem diferente. A elevada abundância de Mobiluncus curtisii, uma espécie relacionada a maior risco de falha terapêutica e recorrência, chamou a atenção. Isso se deve ao fato de altos percentuais de cepas resistentes a esses dois antibióticos terem sido detectadas na análise metagenômica, o que não seria possível com métodos tradicionais, como o sequenciamento 16S.
Desta forma, o tratamento ideal para essa paciente incluiu o uso de amoxicilina com clavulanato ou um antibiótico da classe dos macrolídeos.
No entanto, devido ao risco aumentado de infecções oportunistas após o tratamento, como candidíase, e de efeitos colaterais secundários, como diarreia, aconselha-se um complemento com tratamentos à base de antissépticos, ácido lático e probióticos, para restabelecer a microbiota intestinal e acidificar o meio vaginal.
Está especialmente indicado para mulheres que:
O estudo metagenômico do microbioma vaginal é realizado mediante sequenciamento shotgun, que consiste na fragmentação aleatória de pequenos fragmentos de DNA e, em seguida, esses fragmentos são sequenciados individualmente.
O sequenciamento shotgun é uma abordagem eficaz para sequenciar genomas inteiros, especialmente de organismos cujo genoma é grande demais para ser sequenciado de maneira tradicional. Desta forma, o sequenciamento shotgun permite o estudo completo do genoma de todas as bactérias e microrganismos que compõem o ecossistema vaginal.
Isso evita o viés de amplificação inerente a estudos convencionais do gene ribossômico 16S, que muitas vezes se concentram apenas em uma pequena porção (menos de 20%) do gene 16S rRNA (33).
O sequenciamento shotgun permite a obtenção de informações abrangentes sobre o genoma de um organismo, permitindo a análise de genes, vias metabólicas, elementos regulatórios, uma vez que o genoma todo é sequenciado, o que inclui milhões a bilhões de pares de bases.
Por outro lado, o sequenciamento do gene 16S é empregado apenas para identificar e classificar bactérias presentes em uma amostra, já que apenas uma região específica do gene 16S rRNA, que é relativamente curta (cerca de 1.500 bases), é sequenciada (33).
A realização de exames precisos e atualizados é essencial para a realização de diagnósticos mais assertivos e para o melhor direcionamento dos tratamentos. A SYNLAB está aqui para te ajudar.
Oferecemos soluções diagnósticas com rigoroso controle de qualidade às empresas, pacientes e médicos que atendemos. Estamos no Brasil há mais de 10 anos, atuamos em 36 países e três continentes, e somos líderes na prestação de serviços na Europa.
Entre em contato com a equipe SYNLAB e conheça os exames disponíveis.
(1) Human Microbiome Project Consortium. Structure, function and diversity of the healthy human microbiome. Nature. 2012;486(7402), 207-214.
(2) Rackaityte E, Lynch SV. The human microbiome in the 21st century. Nat Commun. 2020 Oct 16;11(1):5256. doi: 10.1038/s41467-020-18983-8.
(3) Ursell LK, Metcalf JL, Parfrey LW, Knight R. Defning the human microbiome. Nutr Ver. 2012;70(Suppl 1):S38-44.
(4) Hollister, E. B. et al. Structure and function of the healthy pre-adolescent pediatric gut microbiome. Microbiome. 2015;3,36.
(5) Claesson, M. J. et al. Gut microbiota composition correlates with diet and health in the elderly. Nature. 2012;488,178–184.
(6) Stewart, C. J. et al. Temporal development of the gut microbiome in early childhood from the TEDDY study. Nature. 2018;562,583–588.
(7) Arrieta MC, Stiemsma LT, Amenyogbe N, Brown EM, Finlay B. The intestinal microbiome in early life: health and disease. Front. Immunol. 2014;5,427.
(8) Le Chatelier, E. et al. Richness of human gut microbiome correlates with metabolic markers. Nature. 2013;500,541–546.
(9) Cryan, J. F., O’Riordan, K. J., Sandhu, K., Peterson, V. & Dinan, T. G. The gut microbiome in neurological disorders. Lancet Neurol. 2020;19,179–194.
(10) Nejman, D. et al. The human tumor microbiome is composed of tumor type specific intracellular bacteria. Science. 2020;368,973–980.
(11) Hepworth, M. R. et al. Innate lymphoid cells regulate CD4+ T-cell responses to intestinal commensal bacteria. Nature. 2013;498, 113–117.
(12) Scharschmidt, T. C. et al. A wave of regulatory T Cells into neonatal skin mediates tolerance to commensal microbes. Immunity. 2015;43,1011–1021.
(13) Sirota I, Zarek SM, Segars JH. Potential infuence of the microbiome on infertility and assisted reproductive technology. Semin Reprod Med. 2014;32(1):35–42.
(14) Gajer P, Brotman RM, Bai G, Sakamoto J, Schütte UM, et al. Temporal dynamics of the human vaginal microbiota. Sci Transl Med. 2012 https://doi.org/10.1126/scitranslmed.3003605
(15) Huang Y, Merkatz RB, Hillier SL, Roberts K, Blithe DL, et al. Efects of a one year reusable contraceptive vaginal ring on vaginal microfora and the risk of vaginal infection: an open-label prospective evaluation. PLoS ONE . 2015;10(8):e0134460.
(16) Martínez-Peña MD, Castro-Escarpulli G, Aguilera-Arreola MG. Lactobacillus species isolated from vaginal secretions of healthy and bacterial vaginosis-intermediate Mexican women: a prospective study. BMC Infect Dis. 2013;13:189.
(17) Pendharkar S, Magopane T, Larsson PG, de Bruyn G, Gray GE, et al. Identifcation and characterisation of vaginal lactobacilli from South African women. BMC Infect Dis. 2013;13:43.
(18) Drell T, Lillsaar T, Tummeleht L, Simm J, Aaspõllu A, Väin E et al. Characterization of the vaginal micro-and mycobiome in asymptomatic reproductive-age Estonian women. PLoS ONE. 2013;8(1):e54379.
(19) Hyman RW, Fukushima M, Jiang H, Fung E, Rand L, Johnson B et al. Diversity of the vaginal microbiome correlates with preterm birth. Reprod Sci. 2014;21(1):32–40.
(20) Aagaard K, Riehle K, Ma J, Segata N, Mistretta TA, Coarfa C, et al. A metagenomic approach to characterization of the vaginal microbiome signature in pregnancy. PLoS ONE. 2012;7(6):e36466
(21) Sobel JD. Is There a protective role for vaginal fora? Curr Infect Dis Rep. 1999;1(4):379–383.
(22) Eckburg PB, Bik EM, Bernstein CN, Purdom E, Dethlefsen L, et al. Diversity of the human intestinal microbial flora. Science. 2005;308(5728):1635–1638.
(23) Saraf VS, Sheikh SA, Ahmad A, et al. Vaginal microbiome: normalcy vs dysbiosis. Arch Microbiol. 2021;Sep;203(7):3793-3802.
(24) Panda S, Guarner F, Manichanh C. Structure and functions of the gut microbiome. Endocr Metab Immune Disord Drug Targets. 2014;14(4):290–299.
(25) Ravel J, Gajer P, Abdo Z, Schneider GM, Koenig SS, et al. Vaginal microbiome of reproductive-age women. Proc Natl Acad Sci USA. 2011;108(Suppl 1):4680–4687.
(26) Skafte-Holm A, Humaidan P, Bernabeu A, Lledo B, Jensen JS, Haahr T. The Association between Vaginal Dysbiosis and Reproductive Outcomes in Sub-Fertile Women Undergoing IVF-Treatment: A Systematic PRISMA Review and Meta-Analysis. Pathogens. 2021;10(3):295.
(27) Gudnadottir U, Debelius JW, Du J, Hugerth LW, Danielsson H, et al. The vaginal microbiome and the risk of preterm birth: a systematic review and network meta-analysis. Sci Rep. 2022;12(1):7926.
(28) Farage MA, Miller KW, Sobel JD (2010) Dynamics of the vaginal ecosystem—hormonal Infuences. Infect Dis: Res Treat. https://doi.org/10.4137/IDRT.S3903
(29) Lamont RF, Sobel JD, Akins RA, Hassan SS, Chaiworapongsa T, et al. The vaginal microbiome: new information about genital tract fora using molecular based techniques. BJOG. 2011;118(5):533–549.
(30) Mania-Pramanik J, Kerkar SC, Salvi VS. Bacterial vaginosis: a cause of infertility? Int J STD AIDS. 2009;20(11):778–781.
(31) Spandorfer SD, Neuer A, Giraldo PC, Rosenwaks Z, Witkin SS. Relationship of abnormal vaginal fora, proinfammatory cytokines and idiopathic infertility in women undergoing IVF. J Reprod Med. 2001;46(9):806–810.
(32) van Oostrum N, De Sutter P, Meys J, Verstraelen H. Risks associated with bacterial vaginosis in infertility patients: a systematic review and meta-analysis. Hum Reprod. 2013;28(7):1809–1815.
(33) Ranjan R, Rani A, Metwally A, McGee HS, Perkins DL. Analysis of the microbiome: Advantages of whole genome shotgun versus 16S amplicon sequencing. Biochem Biophys Res Commun. 2016;22;469(4):967-77.
Conheça o exameO câncer de mama é uma das neoplasias mais prevalentes…
Continuar lendoO câncer de mama é o câncer com maior incidência…
Continuar lendoO microbioma vaginal é um tema de crescente interesse na…
Continuar lendo