Teste Pré-Natal não Invasivo: conheça o neoBona Genomewide - Synlab

Teste Pré-Natal não Invasivo: conheça o neoBona Genomewide

Publicado por Synlab em 16 de julho de 2024
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A triagem pré-natal é um processo essencial no acompanhamento de uma gravidez, para monitorar a saúde da mãe e do bebê, incluindo a triagem para possíveis anomalias genéticas fetais. Entre os métodos mais avançados e menos invasivos disponíveis hoje, destaca-se o Teste Pré-Natal Não Invasivo (NIPT), que analisa o DNA fetal livre circulante (cfDNA) presente no sangue materno.

 

Este artigo aborda o teste neoBona Genomewide, como é realizado e suas principais aplicações, fornecendo informações valiosas para médicos e profissionais de laboratório que buscam atualizar-se sobre os avanços na área de diagnósticos pré-natais.

 

Confira também o artigo completo sobre NIPT aqui em nosso blog.

 

O que é um exame não invasivo?

Exames não invasivos são procedimentos diagnósticos ou de triagem que permitem a avaliação de condições de saúde sem a necessidade de penetração física no corpo, evitando riscos associados a métodos invasivos como infecções e complicações cirúrgicas.

 

Utilizam técnicas como ultrassonografia, ressonância magnética e análises de amostras biológicas simples, como sangue, urina, saliva, proporcionando uma abordagem segura e eficaz para a obtenção de informações sobre a saúde ou condição do indivíduo. No contexto do pré-natal, os exames não invasivos, como o teste pré-natal não invasivo (NIPT), analisam o cfDNA fetal presente no sangue materno para identificar principalmente, alterações cromossômicas.

 

A descoberta de fragmentos de DNA fetal livre no sangue materno, juntamente com o desenvolvimento de métodos de sequenciamento de DNA em larga escala, revolucionaram as opções para o diagnóstico pré-natal (1).

 

Anteriormente, a avaliação do risco de anomalias cromossômicas era realizada por meio de um algoritmo que combinava a dosagem de proteínas associadas à gravidez no soro materno com dados ultrassonográficos, permitindo estimar o risco fetal. Atualmente, o rastreamento com NIPT aumentou a sensibilidade e a especificidade diagnóstica, reduzindo a taxa de falsos positivos. Como resultado, a seleção de pacientes que precisam ser submetidos a métodos invasivos foi aprimorada em comparação com o rastreamento tradicional.

 

O que é o teste pré-natal não invasivo (NIPT)?

O NIPT (non invasive prenatal testing) ou teste pré-natal não invasivo consiste na análise de DNA fetal livre circulante (cfDNA), presente no sangue materno, para a triagem de alterações cromossômicas fetais, por meio de uma coleta minimamente invasiva de punção venosa materna.

 

Anteriormente, a detecção convencional do primeiro trimestre (ultrassonografia e biomarcadores séricos) permitia o rastreio das alterações cromossômicas mais frequentes no feto durante a gravidez, apresentando uma sensibilidade entre 85-90%, com uma taxa de falsos positivos de 5% (2).

 

Esta estratégia tem sido destinada principalmente à detecção das principais aneuploidias (alteração no número de cromossomos) como, por exemplo:

  • Trissomia do Cromossomo 21: Síndrome de Down;
  • Trissomia do Cromossomo 13: Síndrome de Patau;
  • Trissomia do Cromossomo 18: Síndrome de Edwards.

 

Como é realizado o NIPT?

O exame NIPT foi introduzido na prática clínica em 2011, principalmente por laboratórios particulares, no qual o uso do DNA fetal livre circulante (cfDNA) tornou-se uma realidade na rotina pré-natal e seu uso vem sendo cada vez mais ampliado (3).

 

O cfDNA, consiste em fragmentos curtos de DNA, que são provenientes, em sua maioria, por células trofloblásticas da placenta. A porcentagem de cfDNA derivada do trofoblasto é chamada de “fração fetal”, sendo o valor médio em 10 semanas de gestação, de aproximadamente 10% (4-5).

 

Após a separação do cfDNA das células maternas, ele é sequenciado e analisado para verificar a quantidade relativa de cromossomos específicos. A comparação é feita com um perfil genético de referência para identificar possíveis alterações no número de cromossomos, como trissomias ou monossomias, uma vez que devemos ter dois cromossomos de cada par homólogo.

 

Nos últimos anos, diversos estudos têm demonstrado a aplicabilidade clínica do NIPT, principalmente nas trissomias mais comuns, trissomias dos cromossomos 13, 18 e 21, e aneuploidias dos cromossomos sexuais (6).

 

Atualmente o NIPT pode ser utilizado para a triagem de aneuploidias em todos os cromossomos, variações no número de cópias (CNVs) e na investigação de doenças monogênicas. No entanto, vale ressaltar que os testes de NIPT constituem testes de triagem e frente a um resultado positivo, o mesmo deve ser confirmado por um exame invasivo, como a amniocentese.

 

Frequência das principais microdeleções/duplicações

Variações no número de cópias (CNVs) patogênicas acometem cerca de 1,7% das gestações com achados normais e apresentam maior incidência em pacientes mais jovens do que as trissomias (7).

 

Com isso, os painéis de NIPT foram inicialmente ampliados para a busca das principais síndromes de microdeleções, como a síndrome de DiGeorge, síndrome de Cri-du-Chat, síndromes de Prader-Willi/Angelman, deleção 1p36, síndrome de Jacobson e síndrome de Wolf Hirschhorn. No entanto, existem mais de 2100 CNVs descritas, sendo a maioria extremamente rara e até mesmo não detectáveis mediante esta técnica, devido ao seu pequeno tamanho (8).

 

Entenda como funciona o neoBona®

O neoBona® é um teste pré-natal não invasivo que permite a detecção de alterações cromossômicas fetais a partir da amostra de sangue materno. Ele apresenta taxas de sensibilidade e especificidade superiores aos exames de triagem do primeiro trimestre convencionais, com valores acima de 99%.

 

Além disso, possui uma taxa de falso positivo inferior a 0,1%, reduzindo significativamente a necessidade de procedimentos invasivos desnecessários, que poderiam afetar a segurança da paciente.

 

O que é neoBona® Genomewide?

Com o crescente avanço dos testes de triagem pré-natal não invasivos, a SYNLAB disponibiliza o teste neoBona® Genomewide, que consiste na análise de todos os cromossomos autossomos (1-22), aneuploidias de cromossomos sexuais (X,Y) e CNVs com mais de 7 Mb. A análise possibilita uma triagem pré-natal ampliada, além de poder ser realizada em gestações concebidas por fertilização in vitro e em gestações gemelares.

 

Em casos de gestações gemelares, não é possível realizar a análise de aneuploidias nos cromossomos sexuais (X e Y). Em caso de detecção da presença do cromossomo Y, bem como de alto risco para alguma aneuploidia, sabe-se que ao menos um dos fetos possui o respectivo resultado.

 

Como é realizado o neoBona Genomewide?

O teste neoBona GenomeWide é baseado na tecnologia de sequenciamento de cfDNA paired-end, que permite determinar o comprimento dos fragmentos livres de DNA de forma rápida e eficiente em comparação com as análises single-end, aumentando assim sua precisão.

 

A maioria dos fragmentos livres de DNA fetal é mais curta do que os fragmentos livres de DNA materno, portanto, e esta tecnologia nos permite diferenciar entre os dois, pois  a análise também utiliza um algoritmo computacional que concentra-se na análise dos fragmentos curtos (principalmente fetal) e fornece uma dupla análise dos dados de contagem de cromossomos, gerando o T-SCORE (cálculo de pontuação de trissomia única), que integra vários parâmetros para fornecer resultados confiáveis,  melhorando a sensibilidade e especificidade, mesmo quando a fração fetal é baixa. Isso minimiza o número de procedimentos invasivos realizados.

 

O TSCORE, leva em consideração a contagem dos cromossomos, a fração fetal, a determinação da distribuição do tamanho do fragmento e a profundidade do sequenciamento, quantificando assim a probabilidade de trissomia fetal.

 

A sensibilidade geral do neoBona GenomeWide é superior a 99% para as síndromes de Down, Edwards e Patau (2).

 

Para quem é indicado? 

O teste neoBona GenomeWide é indicado para mulheres grávidas com pelo menos 10 semanas gestacionais (≥10+0/7), nas seguintes situações:

  • Gestações únicas ou gemelares;
  • Gestação por FIV;
  • Doação de gametas;
  • Gêmeos reabsorvidos;
  • Indicação médica de NIPT ampliado com CNVs a partir de 7 Mb.

 

Qual a diferença do exame oferecido pela SYNLAB?

Considerando que o teste pré-natal não invasivo constitui um exame de triagem, e a elevada sensibilidade comprovada em diversos estudos, frente a um resultado positivo, a SYNLAB oferece gratuitamente o teste confirmatório gratuito para as trissomias nos cromossomos 13, 18 e 21, XY por QF-PCR e por CGH array para as CNVs detectadas.

 

Confie na SYNLAB para realização do neoBona Genomewide!

Exames precisos e atualizados são essenciais para fazer diagnósticos mais assertivos e orientar melhor os tratamentos. A SYNLAB está aqui para te ajudar.

 

Oferecemos soluções diagnósticas com rigoroso controle de qualidade para as empresas, os pacientes e os médicos que atendemos. Estamos no Brasil há mais de 10 anos, atuamos em 36 países e três continentes, e somos líderes na prestação de serviços na Europa.

 

Entre em contato com a equipe SYNLAB e conheça os exames disponíveis.

 

Referências Bibliográficas

1. Liao GjW, Gronowski AM, Zhao Z. Non-invasive prenatal testing using cell-free fetal DNA in maternal circulation. Clin Chim Acta. 2014 Jan 20:428:44-50.

 

2. Cirigliano V, Ordoñez E, Rueda L, Syngelaki A, Nicolaides KH. Performance of the neoBona test: a new paired-end massively parallel shotgun sequencing approach for cell-free DNA-based aneuploidy screening. Ultrasound Obstet Gynecol. 2017 Apr;49(4):460-464.

 

3. Lo Y.M., et al. Presence of fetal DNA in maternal plasma and serum. Lancet. 1997;350(9076):485–7.

 

4. Alberry M, Maddocks D, Jones M, et al. Free fetal DNA in maternal plasma in anembryonic pregnancies: Confirmation that the origin is the trophoblast. Prenat Diagn 2007;27(5):415–18.

 

5. Kinnings SL, Geis JA, Almasri E, et al. Factors affecting levels of circulating cell-free fetal DNA in maternal plasma and their implications for noninvasive prenatal testing. Prenat Diagn 2015;35(8):816–22.

 

6. Taylor-Phillips S., et al. Accuracy of non-invasive prenatal testing using cell-free DNA for detection of Down, Edwards and Patau syndromes: a systematic review and meta-analysis. BMJ Open. 2016;6(1) p. e010002.

 

7. Wapner R.J., Levy B. The impact of new genomic technologies in reproductive medicine. Discov Med. 2014;17(96):313–8.

 

8. Suciu I.D., et al. Non-Invasive Prenatal Testing beyond Trisomies. J Med Life. 2019 Jul-Sep; 12(3): 221–224. doi: 10.25122/jml-2019-0053.

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